RADIO GOSPEL

quinta-feira, 14 de maio de 2009

UMA MANSÃO A BEIRA DO ABISMO



Há uma extrema preocupação com a estética em termos gerais, tal preocupação não é de agora, podemos chamar este modismo de “religião da estética” ou culto ao corpo. O que está valendo é o que você aparenta ser, suas roupas de marcas famosas iguais as das atrizes da TV ou cinema, seus sapatos, a jóia, o carro do ano, a maneira de falar e pensar, ou jogar futebol. Uma cópia do que se vê por aí. As pessoas têm perdido a sua personalidade para usarem uma máscara. Insatisfeitas com suas próprias vidas “insignificantes” para tais padrões de moda, por imposição da mídia e sociedade, buscam a “perfeição’ apenas externa, por aparência, superficial.
Talvez você seja uma vítima desse consumismo desenfreado provocado por uma carência interna na humanidade que tem desenvolvido inúmeras teorias psico para explicar essa calamidade atual. É comparável ao sepulcro caiado citado por Cristo Mt 23.27, sabemos que o conteúdo não é de odor e aparência agradáveis, porém a pintura dá uma suave aparência de beleza ou limpeza. Muitas pessoas estão assim, maquiadas, aparentando sucesso, bem estar e beleza. Quando estão a sós, a máscara não resiste, cai e a realidade cruel vem à tona, a falta de algo sólido em suas vidas, capaz de dar um significado real à vida.
Vivo aqui neste mundo mas não sou obrigado a seguir as regras dele. Não devo objetivar possuir tudo o que vejo diante de mim, como que se precisassem realmente quando na realidade não. É apenas uma onda da moda subordinada pelo consumismo, isso não irá te trazer felicidade, talvez te traga um pouco de alegria até que você se depara com algo mais interessante que o que havia adquirido e assim se torna uma vítima dessa loucura do ter, possuir para ser alguém reconhecido nessa sociedade.
Agindo dessa forma você será como uma mansão à beira de um abismo, de boa aparência, grande, rica, sublime, cheia de luxo, mas à beira de um abismo, prestes a desabar. As rachaduras disfarçadas por argamassa estão lá e você finge que não existem, mas estão lá, aumentando a cada dia até que quando menos se espera o teto vem abaixo.
Cristo em Lc 6.46-49 e em Mt 7 24-27, faz uma comparação entre dois fundamentos. Um estabelecido sobre a rocha e outro sem alicerces. Bem, não precisa ser engenheiro para saber que a segunda não suportará muita coisa, interessante não? Então por que existem tantas pessoas e até mesmo dentro das igrejas que tem submetido suas vidas a coisas supérfluas desta vida e feito suas edificações sem alicerces à beira do abismo?
Faz-se necessário a construção de uma base sólida para nossas vidas. Como cristo cita “todo aquele que vem a mim, e ouve minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante”. Você acha que é semelhante a qual das duas edificações?
Não devo andar como um trapo velho é verdade, devo me comportar como um filho de Deus na medida do meu possível. Você é o que tem, afirmam. Eu concordo, temos a presença de deus em nós, talvez eu não tenha o que a TV diz que devo ter, mas tenho o fundamental, a rocha para construir minhas edificações de uma forma sólida, inabalável. Em bases sólidas, independente das forças das correntezas, ela será edificada sobre Cristo.

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